Arquivo pessoal de Ray Lima - JAN/1992 |
JANDUÍS, uma pequena cidade do sertão oeste do Rio Grande do Norte, tornou-se, no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, conhecida pela força e beleza de sua experiência cultural. Para mim, significou um espaço de micro-revoluções e experimentos estéticos, políticos, culturais e gestão pública.
Em Janduís, no período de 1989 a 1992, o que
poderíamos chamar de MOVIMENTO CULTURAL NHANDUÍ - uma forma de educar, criar,
pensar, agir, viver, governar coletivamente.
Dessa rica e incrível experiência revolucionária
brotaram:
o Movimento Escambo Popular Livre de Rua,
o Caminho do Mato,
o grupo de capoeira Algaroba,
o grupo de palhaços Filhos do Sol,
o grupo Emanduís,
a Cia Ciranduís,
a ação esportiva da ACDJ campeã da Copa Oeste,
do Grupo Cultural Nhanduí (Meninos Palhaços Poetas, Meninas do Folclore,
Ca-ci-di-dó de acrobacia, Grupo da Leitura e contação de histórias, Equipes de
Desportos, Grupo das Hortas, Grupo da Marcenaria, Grupo de Arte com
Argila, Banda Caldo, entre outros),
das Comissões e sedimentação do Conselho Municipal
de Cultura.
Em seguida publicaremos algumas fotos que dão a
dimensão do momento que viveu o povo de Janduís durante a gestão de José
Bezerra.
Os teatros naturais de pedra foram um achado
importante em nossa prática cultural cênica de Janduís. As formações rochosas
do sertão serviram como espaço de experimentações, exercícios práticos da
cenopoesia, do teatro e como lugar de reflexão sobre a existência no semiárido.
Esses teatros, principalmente os do complexo da Boa Vista, fotos abaixo, também
atraíram focos de reportagens da Veja e da Globo na época.
Por
Ray Lima,
Disponível
em: wwwcenopoesiadobrasil.blogspot.com.br
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