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Berg Bezerra - artista popular |
Atingir
o legado de 25 anos de história para um grupo de teatro que se formalizou
companhia, associação comunitária e mais tarde
foi reconhecido como Ponto de Cultura, é desafiar o óbvio.
Vingar
um trabalho de arte popular numa cidade como Janduís, interior do Rio Grande do
Norte, só oferecia um histórico de violência, contendo pouca movimentação
financeira, castigada pela seca, era praticamente “remar contra maré”.
A
Ciranduís tem sempre se configurado como grupo independente e sempre dialogou,
quando houve interesse Poder Público, mandatos, amigos e empresas provadas;
assim também lutou contra repressão por diversos momentos.
O
fortalecimento da luta deu pernas para construir toda uma história que segue
referenciando a Ciranduís como único grupo que está vivo independente de tempo
bom ou tempo ruim, o que na verdade se constata sempre tempo estável.
Por
momentos o grupo consegue atrair pessoas comprometidas, noutros gente que só
assistem; os guardiões estão na essência azeitada pela velha guarda que ajudou
a construir desde o primeiro momento e que se consagra nos novos tempos. Tem
sido um caminho árduo e necessário.
Na
caminhada vimos muitos grupos, projetos, ações florescerem e em certo momento desabrochar.
A própria rotina de vida, a obrigação pela sobrevivência fez muita gente boa
ter seguir outros rumos opostos, que não a arte e cultura.
Muitas
foram às conquistas, bem como, muito foi resistir e reexistir. E aqui vamos nós
carregando uma pessoa de 25 anos, um trabalho que já atingiu e superou todas as
expectativas em busca de mais anos de sobrevivência.
Berg
Bezerra
Artista
popular